segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Serra da Boa Viagem



A Serra de Nossa Senhora da Boa Viagem situa-se a três quilómetros a Norte da cidade da Figueira da Foz com 261,88 metros de altitude, cota do vértice geodésico da Bandeira, na freguesia de Quiaios.

Cerca de 83% da sua área situa-se nas cotas dos 150 a 250 metros de altura.

O facto de esta elevação se encontrar junto do Oceano Atlântico, confere a esta, e a toda a zona envolvente, uma paisagem de singular beleza, de que se destaca o "Parque Natural da Serra da Boa Viagem" com um vasto património natural, arqueológico e paisagístico. No seu extremo ocidental situa-se o Cabo Mondego.

A sua vegetação é constituída por Pinheiro-Bravo, Cipreste-português, Tojo, Urze, entre outros.

Serra de Espinhaço de Cão




A Serra de Espinhaço de Cão é uma elevação de Portugal Continental, com 297 metros de altitude. Situa-se no Barlavento algarvio, Algarve.

Serra de Valongo


A Serra de Valongo é uma elevação de Portugal Continental, com 376 metros de altitude. Situa-se no Douro Litoral, no concelho de Valongo.


Serra do Cercal



A Serra do Cercal é uma elevação de Portugal Continental, com 378 metros de altitude. Situa-se no Alentejo Litoral e percorre, no sentido Norte-Sul os concelhos de Santiago do Cacém e Odemira, situando-se ao Sul da Serra de Grândola.

Serra de Grândola



A Serra de Grândola é uma elevação de Portugal Continental, com 383 metros de altitude. Situa-se no Alentejo Litoral e percorre, no sentido norte-sul os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola (donde colheu o nome) e Santiago do Cacém, situando-se ao norte da Serra do Cercal.


Serra de São Tiago



A Serra de São Tiago é uma elevação de Portugal Continental, com pouco mais de 400 metros de altitude. Situa-se no distrito do Porto, na confluência das freguesias de Sobrosa, Louredo da Serra e Beire, do concelho de Paredes, Ferreira, do concelho de Paços de Ferreira e Nevogilde, do concelho de Lousada.


Serra de Arraiolos



A serra de Arraiolos, como o nome indica, localiza-se na zona de Arraiolos, e atinge o seu ponto mais alto a 412 metros de altitude. Os pontos mais altos são o Castelo de Arraiolos (412) e o Outeiro de S.Pedro - Arraiolos (399m). Entre a serra existe o vale Flor a 200m de altitude que termina no cume da Laranjeira (355m) onde se localiza a Aldeia da Serra. Este vale é atravessado pelo rio Divor. É uma das zonas com as temperaturas mais extremas da região, bastante quente no verão e muito fria no inverno, sendo a neve, o gelo e as geadas acontecimentos entre Dezembro e Março.

Há registo de queda de neve na serra nas cotas acima dos 200m nos dias 29 de Janeiro de 2006, 19 de Novembro de 2007, 8 de Janeiro de 2008, 10 de Janeiro e 21 de Janeiro de 2009, 10 de Janeiro, 21 de Janeiro, 12 de Fevereiro e 9 de Março (nas zonas mais altas) de 2010, sendo 2010 o ano com mais ocorências e o de 2006 com o maior nevão, este que acumulou até 20cm de neve.

Cabeço de Montachique




O Cabeço de Montachique é uma pequena localidade dividida por dois concelhos (Mafra e Loures) e três freguesias (Fanhões e Lousa, no concelho de Loures, e o Milharado, no concelho de Mafra).

A localidade é definida pelos seus inúmeros Casais, Quintas, Moinhos e Outeiros, como por exemplo, o Outeiro das Pêgas, Casal de Santo António, Quinta do Choupo, Moinho Sarradas das Velhas, Quinta de S. Gião e o Casal do Andrade (embora este último fique fora da povoação, é aceite como parte integrante da localidade).

No topo da montanha, que lhe dá o nome, encontramos um «fragmento» de manto basáltico poupado pela erosão. É o ponto mais alto do concelho de Loures (409 metros) onde é possível observar, no seu topo, toda a região de Lisboa até Setúbal (Almada).

Orago:

A localidade de Cabeço de Montachique encontra-se devota da Nossa Senhora do Livramento, com respectiva capela em sua homenagem.

História:

Descansando sobre montes verdejantes e de topografia irregular, encontramos a localidade de Cabeço de Montachique, sensivelmente a 10 km da Cidade de Loures, no distrito de Lisboa.

De origens antigas, as primeiras alusões a este lugar surgem nos registos da Alfândega das Sete Casas (referenciada no decreto de 17 de Setembro de 1833). Contudo, a existência deste serviço já era conhecido no reinado de D. Manuel I, apontando-se o seu funcionamento no século XVI com “Ver o peso”, “Marçaria e Herdade”, “Sisa da Fruta”, “Portagem”, “Sisa da Carne”, “Sisa do Peixe” e “Terreiro”. Cabeço de Montachique era considerada uma estação subalterna, com a denominação de “Registo”, directamente dependente da Alfândega das Sete Casas. Esta foi extinta pelo decreto de 11 de Setembro de 1852 que, unindo-a ao Terreiro Público, formou a Alfândega Municipal.[1]

No século XIX, e também nos inícios do século XX, esta povoação de génese rural disseminava-se pelos terrenos existentes e aráveis, de uma forma dispersa, onde se destacavam as Quintas, que concentravam a actividade agrícola.

Contudo, ainda no século XIX, Cabeço de Montachique adquiriu importância, quando se assumiu como um dos pontos importantes das Linhas de Torres, aquando do período das Invasões Francesas, em Portugal.

Em 1808, durante o mês de Agosto, e na sequência da tomada dos Altos da Columbeira pelos ingleses, o veterano General Delaborde (do exército francês), perante a enorme desvantagem numérica,e sempre esperando a chegada de reforços, é obrigado a recuar em direcção a Lisboa. De início, e protegida por cargas controladas dos esquadrões de dragões a cavalo, a retirada da divisão Delaborde torna-se caótica na passagem pela Zambujeira dos Carros, perdendo-se boa parte da artilharia e bagagem. O general francês, já no Cabeço de Montachique, perto de Loures,recebe ordens de Junot, para se juntar à força principal francesa em Torres Vedras.

Ainda neste contexto, Cabeço de Montachique foi o quartel-general do 5.º Distrito, e também ponto de encontro das tropas, quando no início de 1810 recolheram às Linhas por ordem de Lord Wellington.

De salientar ainda, a colocação de vigias nas estradas de Mafra e Cabeço de Montachique (posicionadas pelo Conde de Bonfim), na madrugada de 22 de Dezembro, no decurso da batalha de Torres Vedras, em 1846. Deste período, ainda hoje, é possível observar vestígios desta presença, nomeadamente o denominado “Reduto de Montachique”, que à data encontrava-se incluído na 2.ª linha do sistema defensivo, articulando-se com outras posições militares próximas, situadas na serra de Ribas e dos Picotinhos. O objectivo primordial, desta estrutura da arquitectura militar portuguesa, era o de controlar o acesso da estrada de Mafra, defendendo a estrada de Lousa e o desfiladeiro do Freixial.

Todo este sistema apoiava-se numa rede viária hierarquizada, onde a comunicação era efectuada por uma sinalética implementada pela Marinha Portuguesa. No concelho de Loures, existiam dois “postos de sinais”; um em Montachique e outro no monte de Serves (a sueste de Bucelas). Este “Reduto” define-se pela sua planta poligonal, sendo circundado por um fosso seco, escavado na rocha. É possível observar vestígios de alvenaria no reparo e na entrada. Esta obra militar tinha capacidade para 150 soldados e duas peças de artilharia de calibre 12.

Já no período que ficou conhecido como Guerra Civil Portuguesa ou Guerras Liberais (1828-1834), valerá a pena mencionar que, em 1833, ao aproximar se de Lisboa, onde mal conseguiu entrar, D. Miguel faz uma proclamação ao povo, a partir do Paço em Cabeço de Montachique, em 2 de Setembro de 1833, seguindo no mesmo dia com o quartel general para Loures, onde publica na Ordem do Dia uma segunda proclamação, desta vez ao seu exército. [2]

De salientar também, que as águas provenientes de Cabeço de Montachique eram no século XVIII conhecidas para efeitos terapêuticos (Anemias, anémorreias, nevroses -Contreiras, 1951), sendo caracterizada por ser Sulfatada cálcica, ferruginosa (Contreiras, 1951). Foram mencionadas na Memória do médico João Nunes Gajo, e apresentada à Academia das Ciências em 1780.

No início do século XIX esta água era comercializada em Lisboa, como se deduz de anúncios na Gazeta de Lisboa de 1812 até 1817., com os seguintes preços: garrafa de ½ canada 200 reis; de quartilho 140 reis; de ½ quartilho 110 reis, havendo um abatimento de 60 reis pelo vasilhame (Acciauoli, 1949)

Guilherme Eschewege na sua Memória Geognóstica, ou golpe de vista da estratificação de diferentes rochas, de 1831, classifica estas águas como águas férreas e diz haver várias nascentes. (cit. Acciauoli 1944/II,127 ) O deputado Tavares Macedo apresentou às cortes, na sessão de 20 de Julho de 1839, a proposta “… que o governo seja autorizado para dar à sociedade Pharmaceutica um conto de reis para trabalhos chimicos, especialmente a análise de águas mineraes […] vamos dar uma prova e estima a uma sociedade muito importante, uma sociedade que está fazendo grandes estudos, o que vai fazendo muita honra ao nosso Portugal”.

Transformada em lei a 31 de Julho de 1839, a Sociedade Farmacêutica Lusitânia realizou ainda nesse ano a análises das nascentes nos arredores de Lisboa : Casal de Barras; Vale de Camarões; Quinta da Sadinho; Quinta dos Ribeiros; Quinta do Botão de Baixo; Cabeço de Montachique; Venda Seca e Vale de Lobos.

Sendo que, sobre as nascentes em Cabeço de Montachique, escreveu Lopes (1892): “ há várias nascentes de água férrea, sendo a mais importante a da Estrada junto do chafariz”.

Em 1913, a localidade era conhecida pelo topónimo de “Cabeça de Montachique”, onde o sector primário (agricultura e pastorícia) assumia factor de desenvolvimento económico. A povoação inseria-se na denominada zona saloia, que abastecia a Cidade de Lisboa com os seus produtos hortícolas. Deste período destacam-se a Quinta de S. Gião e da Sardinha, ambas na actual Rua Dr. Catanho de Menezes.

Aqui, era possível observar diversas espécies de aves, como por exemplo; a carriça, o gaio, a perdiz, o tentilhão e o mocho-galego. Entre os anfíbios, encontravam-se a rã-verde, o sapo, a salamandra-de-costas-salientes e o tritão-de-ventre-laranja, e nos répteis a cobra-rateira, o cágado, a lagartixa-do-mato e o sardão e mamíferos como o coelho bravo, a doninha e o texugo. Não é de estranhar por isso, que nos finais do século XIX e início do século XX, Cabeço de Montachique, tivesse sido uma importante estação climática, muito procurada pelos tuberculosos de poucos recursos devido aos seus “bons ares”.

Esse fenómeno deveu-se em parte, à propagação epidémica da tuberculose, que ocorria por toda a Europa nessa altura. E embora a vacina tenha sido criada por volta de 1906, não foi devidamente disseminada até ao final da metade do século XX. Esta, aliada à melhoria significativa das condições da saúde pública levou a que a mortalidade aliada à tuberculose descesse a pique até aos dias de hoje. Mas enquanto a medicina não evoluía e o mundo assistia atónito à disseminação desta doença respiratória e contagiosa, com maior incidência entre as classes mais pobres, eram precisas alternativas. Criaram-se então sanatórios, estabelecimentos que atingiam proporções dignas de autênticas prisões e que eram dedicados ao isolamento e tratamento da doença (apesar dos benefícios do “ar fresco”, 75% dos doentes internados nestes sanatórios acabavam por morrer no prazo de 5 anos, segundo dados de 1908).

Assim, e dentro deste contexto, bem como, a localização geográfica de Cabeço de Montachique face a Lisboa, verifica-se com normalidade e fatalidade necessária, o papel importante que esta localidade assumiu nos cuidados de saúde contra a tuberculose. Chegaram a existir, nesta área, pelo menos 5 estruturas deste tipo. Dessa época destacam-se; o Sanatório Grandella (ou Albergaria) no sopé do monte – junto à Estrada Nacional N.º 374 – que nunca foi concluído, a antiga Casa de Saúde Guedes (na Rua Dr. João António Oliveira Assunção), a «Casa da Bela Vista» (com outro nome - hoje em ruínas, no topo do monte da Bela Vista) e a Quinta de S. Gião (pertença do Ministério da Saúde, que albergou o Antigo Centro Psiquiátrico de Recuperação de Montachique). O crescente movimento de pessoas, que procuravam em Cabeço de Montachique o ar puro e a cura para as suas maleitas, trouxe consigo uma panóplia de pessoas (que vieram em busca de trabalho e por conseguinte, de condições económicas mais favoráveis) e um conjunto de ferramentas de apoio (necessários a toda uma estrutura inerente aos doentes infecto-contagiosos - tuberculose). Este facto trouxe consigo um crescimento exponencial de habitantes (mas também aumentou o risco de contágio com a população) e de infra-estruturas. O curioso, é que muitos dos doentes da altura, acabaram por constituir família com as pessoas, que os tratavam, tendo permanecido na região até aos dias de hoje.

A provar a importância do lugar, verifica-se a existência de uma carreira até Montachique, nos idos anos de 1915, da Companhia Carris em autocarros fornecidos pela Leyland, que obedeciam às normas impostas pelo Governo Civil de Lisboa: deviam possuir tejadilho, cortinas laterais por causa do Sol, bancos estofados com palha no assento e encostos de material imitando couro; tinham rodas de borracha e motores de 55 CV. Além deste destino, existam ainda carreiras para: para Algés, Carnaxide, Caneças, Bucelas, Mafra e Ericeira e, efemeramente, também Sintra. E por percorrem os arredores saloios, chamou-se-lhes carros saloios. No fim daquele ano de 15, por causa da Grande Guerra, os carros saloios acabaram.

Os últimos sanatórios da região encerraram em 1971, tendo os edifícios que os albergavam, convertidos para outros usos. Outros foram abandonados e ficaram em ruínas. O impacto do fenómeno dos sanatórios foi tão grande, que muitos médicos tinham a sua residência na localidade e deram mais tarde o seu nome a alguns arruamentos, como por exemplo; a Rua Dr. João António Oliveira Assunção.

Actualmente, Cabeço de Montachique reduz-se à sua qualidade de “aldeia”, pouco povoada, devido em parte ao êxodo provocado pela falta de edifícios habitacionais, oportunidades de emprego e isolamento, a que a localidade ficou vetada durante anos. A esse facto não pode ser alheio a sua divisão administrativa, que em muito contribui para a quezília intermunicipal, que muitas das vezes, se limita a encontrar problemas, em vez de outras soluções.


Já neste século, urbanisticamente verifica-se um salto na construção nova, nomeadamente no novo loteamento, que originou a possibilidade da construção da nova escola primária. O núcleo antigo, mais do que nunca, encontra-se vetado ao abandono. Pelos seus proprietários. Pela responsabilidade municipal e central.

Património construído:

Na localidade, que se encontra pouco desenvolvida urbanisticamente, salienta-se a construção ao longo das Ruas Dr. Catanho de Menezes, 1.º de Maio e Dr. João António Oliveira Assunção. É um edificado com uma média de 2 pisos, salientando-se o núcleo antigo presente, junto ao Largo 25 de Abril e Rua Catanho de Menezes. É um aglomerado urbano construído sobre a topografia do terreno, onde se pode encontrar uma simbiose entre edifícios e natureza.

Salienta-se o seguinte Património Construído:

Quinta de São Gião (Fanhões) - Referenciado no Património Cultural Construído do Concelho de Loures de 1988;
Capela de Nossa Senhora do Livramento (Fanhões)- Referenciado no Património Cultural Construído do Concelho de Loures de 1988;
Chafariz (defronte à Capela) (Lousa);
Antiga Residência do Dr. Catanho de Menezes (Fanhões)- Referenciado no Património Cultural Construído do Concelho de Loures de 1988 - entretanto demolido;
Quinta da Sardinha (Lousa)- Referenciado no Património Cultural Construído do Concelho de Loures de 1988;
Ruínas do Antigo Sanatório Grandella (Lousa);
Antigo Edifício dos Correios (Lousa) - Referenciado no Património Cultural Construído do Concelho de Loures de 1988;

Chalé de Verão da Família Grandella (Milharado);

Parque Municipal do Cabeço de Montachique:

O Parque Municipal do Cabeço de Montachique é uma área florestal gerida pela Câmara Municipal de Loures composta por várias instalações desportivas e de desportos radicais.

Serra de Monte Figo



A Serra de Monte Figo é uma elevação de Portugal Continental, que se localiza no Algarve. Estende-se ao longo dos concelhos de Olhão, Faro, Loulé e São Brás de Alportel. As suas elevações apresentam uma orientação paralela à linha costeira. O seu ponto mais elevado, com 411 metros de altitude, denomina-se Cerro de São Miguel e é um dos melhores miradouros do país. Pela sua importância geológica e ambiental destaca-se ainda o Cerro da Cabeça (249 m).

Serra de Portel




A Serra de Portel é uma elevação de Portugal Continental, com 418 metros de altitude. Situa-se no limite sul do Alto Alentejo, no concelho de Portel.

Clima:

Na serra de Portel o clima é tipicamente mediterrânico, com períodos quentes e secos prolongados, em alternância com períodos mais frescos e relativamente húmidos. No Inverno as temperaturas registadas podem atingir valores abaixo de zero. A serra de Portel apresenta uma quantidade de variações microclimáticas.

Geologia:

A serra de Portel é um maciço montanhoso de origem xisto-grauváquica com uma altitude máxima a rondar os 420 metros. Os solos que a compõem são diversos, entre os quais figuram alguns solos mediterrânicos, contudo, os predominantes são os litossolos de xisto.


Fauna e Flora:

Em 1990, Beliz inventariou cerca de 680 diferentes espécies vegetais. Quanto à fauna, a serra de Portel é rica em aves e mamíferos predadores.


Serra de Monfurado

A Serra de Monfurado é uma elevação de Portugal Continental, com 424 metros de altitude máxima e um desenvolvimento de cerca de 20 km na direção este-oeste e de 15 km na direção norte-sul. Situa-se no distrito de Évora, nos concelhos de Montemor-o-Novo e Évora, e separa as bacias hidrográficas do Tejo e Sado.

A serra, resultante de movimentos tectónicos que originaram acidentes oblíquos e elevações planas horst modelados posteriormente pela erosão, eleva-se 150 a 200m acima da peneplanície envolvente. Os limites da serra são nítidos a sudoeste, a sul e a leste, com escarpas que podem atingir mais de 100 metros de desnível, como é o caso próximo das povoações de Santiago do Escoural e Valverde. Os limites são mais complexos a norte, destacando-se uma escarpa a leste de Montemor-o-Novo.

No final do século XIX e início do século XX foram exploradas várias minas, que deixaram como vestígios cortas a céu aberto, galerias, antigos edifícios de apoio e as plataformas das antigas linhas de caminho-de-ferro que serviam as minas dos Monges e da Nogueirinha.

O topónimo Monfurado (Monte Furado) terá tido origem nas inúmeras cavidades aí existentes, quer grutas naturais em formações calcárias (por exemplo, a Gruta do Escoural) quer galerias resultantes da exploração de minérios de ferro, que remonta comprovadamente à época romana (por exemplo, a Mina dos Monges). Uma outra hipótese para a origem do topónimo poderá estar relacionada com trabalhos pré-históricos de movimentação de terras para indicar o local onde o sol se põe nos equinócios quando visto a partir do Cromeleque dos Almendres indicado na base de dados geonames.org como o Monte Furado.

Rede Natura 2000:

A Serra de Monfurado está inscrita como sítio da rede Natura 2000 pela importância que apresenta para a conservação de habitats e espécies selvagens raras, ameaçadas ou vulneráveis na União Europeia.

O sítio de Monfurado é conhecido pelas populações de morcegos dos géneros Myotis e Rhinolophus que encontram o seu habitat nas cavidades que caraterizam a serra.

A vegetação dominante é constituída por importantes montados de sobro e azinho, encontrando-se ainda vestígios de carvalhais de carvalho-cerquinho e carvalho-negral.

Serra da Arrábida




A Serra da Arrábida são terrenos acidentados com fortes níveis situados na margem norte do estuário do Rio Sado, na Península de Setúbal, Portugal, com o ponto mais alto a 501 metros de altitude e características peculiares de clima e flora. O seu clima é temperado mediterrânico, apresentando uma flora rica em espécies mediterrânicas, tais como a azinheira, sobreiro, carvalho.

Aqui viveram os poetas Frei Agostinho da Cruz e Sebastião da Gama, e fizeram assim da serra um motivo recorrente nas suas obras.

Origem do topónimo Arrábida:

O topónimo Arrábida tem origem desconhecida. Há quem pense que vem do castelhano Rábida, através do árabe al-ribat, e defenda que «arrábita» é uma palavra de origem árabe que significa grosso modo «local de oração», ligando-se semanticamente ao verbo "vigiar" em árabe . Outra hipótese para a origem deste topónimo bem como de outros na região tais como Évora, Sado e Sesimbra é terem origem nos povos proto e pré-históricos do sul de Portugal tais como os cónios e relacionados com a cultura megalitica ou em línguas semíticas.

Parque Natural da Arrábida:

O Parque Natural da Arrábida, fundado em 1976, com uma área aproximada de 10 800 hectares, protegendo a vegetação maquis de tipo mediterrânico nascida deste microclima com semelhanças a regiões Adriáticas, como a Dalmácia.


A fauna é bastante diversificada, apesar de ter sofrido grandes alterações desde o século XIX. Até ao início do século XX era ainda possível observar lobos, javalis e veados. Da fauna actual fazem parte, entre outros, o gato-bravo (Felis silvestris), a raposa (Vulpes vulpes), a lebre (Lepus capensis), o morcego, a águia de bonelli (Hieraetus fasciatus) o bufo real (Bubo bubo), a perdiz (Alectoriz rufus) e o andorinhão real (Apus melba). Em 2004, como já aconteceu anteriormente, um fogo destruiu uma parte significativa do Parque, que lentamente vem recuperando.

Praias:

As praias protegidas pela serra, de águas tranquilas e transparentes, são populares entre os habitantes de Setúbal e Lisboa. O Portinho da Arrábida uma baía com uma pequena ilha, a Anicha, que forma um porto natural abrigado pela serra é, junto com a Praia da Figueirinha, uma das mais populares da região. Mas também á galapos, gala pinhos e a praia do coelho.

Convento da Arrábida:

O Convento de Nossa Senhora da Arrábida fica escondido entre as árvores da vertente sul da serra, virada para o mar. Esta construção do século XVI foi outrora um mosteiro franciscano. As cinco torres redondas sobre a falésia foram talvez usadas para meditação solitária.

O local assumiu dimensões religiosas a partir de 1250, quando, de acordo com a tradição, Hildebrando, um mercador das ilhas britânicas, ergueu uma pequena ermida a Nossa Senhora, em acção de graças pelo milagre que ali o salvou de um naufrágio.

Na primeira metade do século XVI, entre 1539 e 1542, D. João de Lencastre, 1.º Duque de Aveiro, fez erguer o primitivo convento, doado ao franciscano espanhol Frei Martinho de Santa Maria, que ali desejava viver como eremita. Por este convento passou São Pedro de Alcântara e nele se recolheu, durante vinte anos, o poeta Frei Agostinho da Cruz.

Os trabalhos de edificação prosseguiram entre a segunda metade do século XVI e a primeira metade do século XVII, pela devoção do 2.º e do 3.º Duques de Aveiro, aos quais se devem a hospedaria e as estações dos Passos da Paixão, e da da nora do 3.º Duque, responsável pelas capelas de São Paulo e de São João do Deserto. Em meados do século XVII, o 4.º Duque de Aveiro promoveu a construção da Capela do Bom Jesus.


No século XIX, com a extinção das ordens religiosas em Portugal, as instalações do Convento foram abandonadas pelos frades franciscanos (1834), sendo adquiridas pelos Duques de Palmela (1863). No final do século XX, foram adquiridas pela Fundação Oriente (1990), que as requalificou como espaço de lisboa.

Forte de Santa Maria da Arrábida:

O Forte de Santa Maria da Arrábida, pequena fortificação marítima iniciada entre 1670 sob o reinado de D. Pedro II, com a função de defesa do chamado portinho e o Convento da Arrábida, destino de peregrinação. Reconstruído ao final do século XVIII (1798), esteve em operação até ao reinado de D. Luís.


A partir de 1932 foi adaptado às funções de pousada pelos pais do poeta Sebastião da Gama, que escreveu variados poemas sobre a Arrábida, funções que conservou até 1976. A partir de 1978 integra o Parque Natural da Arrábida como Museu Oceanográfico (1991), com um centro de biologia marinha, uma pequena loja de itens relacionados com a área protegida do parque e um café.

Escalada na Serra:

A serra da Arrábida, nomeadamente a Fenda da Arrábida, ou Fenda do Creio, é muito procurada para a prática de escalada desportiva devido à sua formação geológica muito particular caracterizado pelos corredores ladeados de paredes quase verticais que favorecem à prática da escalada. A formação geológica dos corredores teve origem na disposição estrutural entre os calcários do Miocénico sobre os calcários do Jurássico, que associado a uma forte erosão resultante da vertente resultou no escorregamento da parte inferior e tombamento das camadas do Jurássico.


A fenda tem equipadas mais de 130 vias equipadas ao longo de 7 sectores, sendo um de iniciação, e foi totalmente reequipada e revista em 2013.




Serra da Adiça




A Serra da Adiça é uma elevação de Portugal Continental, com 522 metros de altitude. Situa-se no Baixo Alentejo, sendo o ponto mais alto do distrito de Beja,na transição entre os concelhos de Moura e Serpa.  

Serra de Sintra



A serra de Sintra (também conhecida como Monte da Lua) é uma serra nos concelhos de Sintra e Cascais, em Portugal. Situa-se no extremo ocidental do continente europeu. Mede cerca de 10 quilómetros de leste a oeste e aproximadamente 5 km de largura, tendo o seu maior pico uma altitude de 529 metros, na Cruz Alta.

Está integrada no Parque Natural de Sintra-Cascais‎. Possui uma fauna riquíssima, sendo exemplo dela, a raposa, a gineta, a toupeira, a salamandra, o falcão peregrino, a víbora e diversas espécies de répteis escamados. O seu clima é temperado com bastantes influências oceânicas, apresentando por isso uma pluviosidade superior em relação à restante área da Grande Lisboa. Daí resulta também uma vegetação única. Cerca de novecentas espécies de flora são autóctones e 10% são endemismos. Algumas delas são o carvalho, sobreiro e pinheiro-manso.

É alvo de várias excursões turísticas. Também é muito procurada por praticantes de escalada e montanhismo, já que as escarpas estão, na maioria, orientadas a oeste, o que aumenta o tempo de luz em tardes de verão.

É na serra de Sintra que se localizam: o Castelo dos Mouros, o Palácio da Pena, o Convento dos Capuchos, o Palácio Nacional de Sintra, o Palácio de Monserrate e a Quinta da Regaleira.

Serra da Agrela


A Serra da Agrela é uma serra portuguesa que se distribui por parte do limite este do concelho de Santo Tirso e parte do limite oeste do concelho de Paços de Ferreira, ambos no Distrito do Porto. Atinge a altitude máxima de 532 metros no “Alto de São Jorge”, concretamente no vértice geodésico do "Pilar", situado na freguesia de Refojos, no concelho de Santo Tirso. O Rio Leça tem aqui a sua nascente.

Serra do Rabaçal




A Serra do Rabaçal é uma serra portuguesa situada na freguesia de Pombalinho, concelho de Soure e Distrito de Coimbra. Está acerca de vinte quilómetros a Sudoeste da cidade de Coimbra e onze quilómetros a Lés-Sudeste da localidade de Soure. Tem altura máxima de 532 metros, valor atingido no vértice geodésico do Rabaçal.

Serra do Buçaco



A Serra do Buçaco, em tempos foi também chamada serra de Alcoba, é uma elevação de Portugal Continental, com 549 metros de altitude na zona do marco geodésico, situado no seu planalto, e não no miradouro da Cruz Alta, como erradamente é referenciado e com a orientação NO - SE que começa na zona do Ninho de Águia e termina na famosa Livraria do Mondego. Abrange os concelhos da Mealhada, Mortágua, Penacova e na sua extensão contém a Mata Nacional do Buçaco (Mealhada), o conjunto de moinhos de vento da Portela da Oliveira, o santuário da Senhora do Monte Alto e parte da Livraria do Mondego, os três em Penacova. É também nesta serra que são captadas as águas do Luso e Caldas de Penacova.

A mata que existe ainda hoje na Serra do Buçaco foi mandada plantar pela Ordem dos Carmelitas Descalços no primeiro quarto do século XVII; os Carmelitas construíram também aí o Convento de Santa Cruz do Buçaco, destinado a albergar essa ordem monástica, e que existiu entre 1628 e 1834, data da extinção das ordens religiosas em Portugal. Presentemente, no seu lugar existe o Hotel Palace Buçaco.

A Mata Nacional do Buçaco, considerada área protegida, possui espécies vegetais do mundo inteiro, algumas gigantescas, além do mundialmente célebre cedro-do-buçaco (Cupressus lusitanica).

Foi nesta serra que se travou a batalha do Buçaco em 1810, entre as forças anglo-lusas comandadas pelo Duque de Wellington, de um lado, e as francesas comandadas por André Massena, de outro.

Serra do Sicó



A Serra do Sicó é uma elevação de Portugal Continental, erguendo-se a 559 metros de altitude. Situa-se na Beira Litoral, entre Condeixa-a-Nova e Pombal.

Serra do Caldeirão



A Serra do Caldeirão marca a fronteira entre o Litoral e o Barrocal algarvios e as peneplanícies do Baixo Alentejo. Faz parte do maciço antigo e é constituída por xisto-grauvaque, rocha que origina solos finos e pouco férteis. O seu ponto mais alto localiza-se no Algarve (Pelados 589 m - Cavalos do Caldeirão - Loulé), sendo o Mú (São Barnabé - Almodôvar) o 2º ponto mais alto com 577 m. Nos concelhos de Tavira (Alcaria do Cume 535 m), São Brás de Alportel (Menta 515 m; Quatrelas 521 m; Águia 529 m) e de Loulé possui diversos pontos em que ultrapassa os 500 m.

Apesar da sua modesta altitude, forma uma paisagem muito peculiar, onde elevações arrendondadas, os cerros, são cortadas por uma densa rede hidrográfica, constituída na sua maior parte por cursos de água temporários. O relevo é por este motivo bastante acidentado em diversos pontos.

A Serra do Caldeirão tem influência climática considerável. Constitui uma barreira física à passagem dos ventos frios do quadrante Norte e às depressões de Noroeste, contribuindo para a existência de um clima mediterrânico no litoral algarvio, com fracas precipitações anuais e temperaturas suaves no Inverno. Por outro lado, é também uma barreira de condensação para os ventos húmidos do quadrante Sul.

As precipitações médias anuais variam: nas zonas mais altas do concelho de Loulé são superiores aos 800 mm anuais, mas, à medida que nos aproximamos da fronteira com a Espanha, a oriente (vale do Guadiana), vão descendo, até serem inferiores a 500 mm anuais nas regiões do Nordeste algarvio.

Vegetação:

A vegetação natural da serra do Caldeirão é influenciada pelas variações climáticas. Nas zonas mais ocidentais da serra, predomina o sobreiro (Quercus suber), associado ao carvalho-cerquinho (Quercus faginea) e ao medronheiro (Arbutus unedo). Nas vertentes próximas do vale do Guadiana, predomina a azinheira (Quercus ilex ou Q. rotundifolia), associada ao sobreiro (que nestas regiões surge nas vertentes úmbrias próximas dos barrancos ou linhas de água), à aroeira (Schinus molle) e à palmeira-anã (Chamaerops humilis).

Ao longo dos séculos, o homem alterou esta paisagem, destruindo as florestas naturais para criar terrenos agrícolas e pastagens para o gado, do que resultou a paisagem actual, quase sem vegetação, onde predominam as estevas (arbustos do género Cistus), adaptadas aos solos entretanto destruídos pela erosão. A principal causa da erosão foram, na primeira metade do século XX, as campanhas do trigo e, com carácter recorrente, os incêndios: a destruição da vegetação natural sujeita os solos às chuvas torrenciais, que os arrastam, deixando exposta apenas a rocha nua; este processo é acelerado pela típica inclinação dos solos das serras, motivo pelo qual a desertificação natural é muito preocupante, nomeadamente nas vertentes mais orientais.


Os principais cursos de água são ladeados por galerias rípicolas, onde predomina o freixo (Fraxinus excelsior), associado a outras espécies menos frequentes, como o amieiro (Alnus glutinosa). Nos cursos de água mais pequenos, predomina a adelfeira.


Fauna:

Eram as seguintes as espécies mais notáveis da fauna tradicional:

Mamíferos: lontra (Lutra lutra), lobo-ibérico (Canis lupus signatus), lince-ibérico (Lynx pardina), veado (Cervus elaphus), javali (Sus scrofa), coelho (Orictolagus cuniculus), lebre (Lepus capensis), gineta (Genetta genetta);

Aves: águia-de-bonelli (Hieraaetus fasciatus), águia-imperial-ibérica (Aquila heliaca adalberti), cegonha-preta (Ciconia nigra), abetarda (Otis tarda), bufo-real (Bubo bubo);

Batráquios: sapo-parteiro-ibérico (Alytes cisternasii);

Peixes: saramugo (Anaecypris-hispanica).


O lobo-ibérico desapareceu em meados do século XX, bem como a águia-imperial-ibérica. O lince-ibérico pensa-se que desapareceu nos finais do século passado. Quanto à cegonha-negra, nidificava nas fragas da Foupana e do Vascão, mas de momento já não o faz. A abetarda surgia nas estepes planálticas do Nordeste, e a águia-de-bonelli nidifica de momento em alguns pontos da serra, como no norte do concelho de São Brás de Alportel, junto da Ribeira de Odeleite.


Acção humana:

As culturas agrícolas predominantes na serra do Caldeirão são as de sequeiro – amendoeira, alfarrobeira e oliveira –, surgindo a cultura de árvores de fruto como a laranjeira e a nespereira próximo dos vales de alguns cursos de água. São ainda cultivados tremoços, grão-de-bico, trigo, aveia, cevada e centeio.

O gado predominante é o caprino. Segundo registos antigos, a raça de vaca algarvia já foi frequente na região, mas neste momento está praticamente extinta.

O povoamento remonta ao Neolítico, como testemunha a grande quantidade de vestígios pré-históricos. Existem diversas antas, tholos e restos de povoações, como a Anta da Mealha, próxima de Cachopo (concelho de Tavira) ou o castelo de Santa Justa (concelho de Alcoutim).

Houve uma intensa exploração mineira nesta serra desde o Neolítico, existindo vestígios de minas em bom estado no concelho de Alcoutim.

Os árabes exerceram grande influência na serra do Caldeirão. Introduziram a amendoeira e a laranjeira e estão na origem do actual tipo de povoamento, constituído por aldeias dispersas de pequenas dimensões – os montes –, com toponímias curiosas, normalmente baseadas em características físicas locais: Alcaria, Azinhal, Cabeça Gorda, Cumeada, Barranco do Velho, Ameixial. A memória da presença árabe permanece ainda a nível arquitectónico, de que são exemplos o castelo velho de Alcoutim ou o povoamento do Cerro das Relíquias, e a nível cultural (regionalismos, contos e lendas envolvendo mouras e mouros encantados).


A população da serra do Caldeirão viveu isolada durante séculos. Raramente ia ao litoral, e ainda hoje os serrenhos (designação pela qual são tratados os habitantes das serras algarvias) chamam «Algarve» às zonas baixas do litoral e do barrocal algarvios. Durante séculos, as notícias de fora eram trazidas pelos almocreves, juntamente com os produtos do litoral, como peixe e sal. Ainda na actualidade existem muitas marcas do modo de vida antigo, como azenhas, levadas, açudes, moinhos de ventos ou fornos. As casas típicas da serra do Caldeirão são feitas de pedra e caiadas de branco, com telhado de cana, normalmente de uma só água. As diversas funções dividem-se frequentemente por edifícios separados, não raro com uma única porta em cada um deles. Por vezes não se caiam os fornos e os palheiros.

Serra da Melriça



A Serra da Melriça, conhecida localmente como "Picoto da Melriça", é uma serra portuguesa situada a cerca de dois quilómetros a nordeste da povoação de Vila de Rei, sede do concelho com o mesmo nome, do Distrito de Castelo Branco.

Com uma área pequena de ocupação, tem a altitude máxima de 592 metros.

A importância desta serra resulta do facto de nela estar localizado o Centro Geodésico de Portugal Continental. Nela encontra-se o marco geodésico padrão "TF4" a partir do qual se deu início às observações angulares dos restantes vértices geodésicos de todo o Portugal Continental. As coordenadas do marco geodésico são: latitude: 39º 41' 40,20619 N; longitude: 8º 07' 50,06228 W. Existe também uma Pirámide de 1ª Ordem que "simboliza" o centro geodésico com as coordenadas: 39º 41' 40.20619 N; 8º 7' 50.06228 W. Ao contrário do que muita gente pensa, não existe nenhum marco geodésico com coordenadas rectangulares (0,0) 

Serra de Ansião



A Serra de Ansião é um conjunto de elevações de Portugal Continental, com 533 metros de altitude máxima. Situa-se na transição entre a Beira Litoral e o Ribatejo.

O seu ponto mais alto situa-se na freguesia de Pousaflores, concelho de Ansião, no local denominado "Serra do Castelo", (vértice geodésico de Ariques), com 533 metros de altitude. Localmente, a zona (extremo norte da Serra de Ansião) é denominada "Serra da Ameixieira" (vértice geodésico de Quartinho - 445 metros), nome da pequena localidade que se situa no cimo da primeira vertente da serra, a partir do Norte.

De Norte para Sul: → Serra da Ameixieira (VG Quartinho) - 445 metros → Serra do Casal Soeiro - 492 metros → Serra da Portela (VG Monte da Ovelha) - 527 metros → Serra do Castelo (VG Ariques) - 533 metros → Serra dos Ariques - 488 metros

Serra dos Candeeiros



A serra dos Candeeiros é uma elevação de Portugal Continental, com 610 metros de altitude. Situa-se nos concelhos de rio Maior, Alcobaça e Porto de Mós, marcando a fronteira entre o Ribatejo e o Oeste. É conhecida pelas suas impressionantes grutas naturais; aí se situa o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.

Sendo uma das primeiras elevações junto à orla marítima, é um excelente local para a produção de energia eólica onde está instalado um parque com a capacidade de produzir 111 MW.

Na serra dos Candeeiros existem várias pedreiras.

Serra de Ossa




A serra de Ossa ou serra d'Ossa é uma elevação de Portugal Continental, com 653 metros de altitude. Situa-se no Alto Alentejo, entre Estremoz e o Redondo. Nele se ergue, desde 1182, um convento de eremitas dedicado a São Paulo. Em 2006, ardeu uma parte. É o pulmão de vários concelhos alentejanos (Borba, Estremoz, Vila Viçosa) Nela existem grutas artificiais do tempo dos monges eremitas, há talvez cerca de mil anos. Nela ainda se pode observar uma das maiores populações dos país de uma planta insectívora chamada orvalho-do-sol.

Serra de Montejunto



A Serra de Montejunto é uma serra de Portugal localizado nos concelhos de Alenquer e Cadaval. É o miradouro natural mais alto da Estremadura, elevando-se a 666 m de altitude. Esta estrutura geológica, com 15 km de comprimento e 7 km de largura, é rica em algares, grutas, lagoas residuais, necrópoles e fósseis pré-históricos.

Caracterização:

A serra de Montejunto está englobada no maciço calcário estremenho. Estes calcários apresentam formações cársicas características originadas pela erosão. As escarpas que caracterizam a paisagem são os biótipos mais importantes da serra. Para além de um carvalhal reliquial e de endemismos próprios dos calcários do Centro de Portugal, existem taxa endémicos ou raros em Portugal que aqui se encontram localizados, havendo outros que, na sua limitada distribuição geográfica, têm aqui uma boa representação.

Fauna:

Em termos faunísticos, em particular no que diz respeito aos Quirópteros, trata-se de uma zona de grande importância, não só de hibernação como também de reprodução. Este sítio é constituído essencialmente por um abrigo muito importante na época de criação para uma colónia de morcegos-rato-grande (Myotis myotis), assim como do morcego-de-peluche (Miniopterus schreibersi).

Localização:

Situa-se no norte do distrito de Lisboa, entre os concelhos do Cadaval, a norte, e Alenquer, a sul. Apenas 65 km a separam de Lisboa, distância que facilmente se percorre utilizando as auto-estradas A1, usando a saída de Aveiras de Cima, ou a A8, saídas de Campelos ou de Bombarral, em direcção ao Cadaval.

Património:

Em Montejunto existem as ruínas de dois conventos: um mais antigo dominicano, do século XII, e outro que não chegou a ser concluído. Os monges do primeiro, aproveitando as condições climáticas da serra, construíram tanques onde recolhiam gelo que depois enviavam para Lisboa.

Serra de Aire



A Serra de Aire é uma elevação de Portugal Continental, com 679 metros de altitude. Abrange os concelhos de Ourém, Porto de Mós, Alcanena e de Torres Novas, marcando a fronteira entre o Ribatejo e o Oeste. É conhecida pelas suas impressionantes grutas naturais, situadas no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, sendo a de maior importância espeleológica a Gruta da Nascente do Rio Almonda, situada no Vale da Serra, concelho de Torres Novas.

Contem vários percursos pedestres, permitindo o contacto com a natureza. É considerada como uma zona ideal para actividades espeleológicas em Portugal devido à existência de muitas cavidades naturais.

Serra de Oural



A Serra de Oural situa-se entre os concelhos de Ponte da Barca e Ponte de Lima (distrito de Viana do Castelo), o de Vila Verde (distrito de Braga) e a freguesia de rio Mau (Vila Verde-Braga). Tem o seu ponto mais alto (700 m) na Boalhosa. Nesta serra nascem os seguintes rios: O rio Covo que desagua no rio Lima em São Martinho da Gândara, o rio Neiva que desagua em Castelo do Neiva e o rio Trovela que desagua também no rio Lima em Ponte de Lima.

Serra de Arga



A Serra d'Arga é uma elevação de Portugal Continental, erguendo-se a 825 metros de altitude (Alto do Espinheiro). Situa-se no Alto Minho, no sistema montanhoso da Peneda-Gerês. É de origem granítica.


Foto do parque eólico instalado na Serra d'Arga.
Assim como a maioria das montanhas e serras do Norte de Portugal, a Serra d'Arga tem origem em afloramentos graníticos, sendo que todas as rochas existentes são derivadas directa ou indirectamente desta rocha magmática plutónica.

A serra proporciona uma paisagem que nos possibilita ver o Rio Minho, a vila portuguesa de Caminha, assim como as povoações espanholas da Galiza.

Existe um parque eólico na Serra d'Arga com uma potência instalada de 36 MW.

A romaria de S.João d'Arga, em 29 de Agosto, é das mais características e vividas do Alto Minho, com um forte poder de atracção as populações em redor. Este é o caminho usado desde tempos imemoriais que, ao atravessar a Serra d'Arga nos faz reviver todas as histórias e lendas que a ela se referem. É um caminho longo e que atravessa uma zona muito agreste.

Actualmente está a ser invadida pelo arbusto háquea-picante (Hakea sericea).

Serra do Arestal



A Serra do Arestal abrange parte do extremo Norte do concelho de Sever do Vouga e parte do extremo Sul do concelho de Vale de Cambra, ambos no distrito de Aveiro. Tem 830 metros de altura. As freguesias de Dornelas e de Junqueira são das que estão situadas em plena Serra do Arestal. Juntamente com a Serra da Freita e a Serra da Arada, faz parte do Maciço da Gralheira.

Serra do Moradal



A Serra do Moradal é uma elevação de Portugal Continental, com 915 metros de altitude. Situa-se no Concelho de Oleiros na Beira Baixa.

Serra de Monchique



A Serra de Monchique é uma serra do oeste do Algarve, cujo ponto mais elevado - Foia, com 902 m de altitude - é o mais alto do Algarve e um dos pontos mais proeminentes de Portugal (739 m).

Devido ao facto de estar próxima do mar possui um clima subtropical húmido, com precipitações médias anuais entres os 1000 e os 2000 mm, que associadas a temperaturas amenas permite a existência de uma vegetação rica e variada, onde se inclui o carvalho-de-monchique e a adelfeira, bem como espécies raras no sul, tais como o castanheiro, o carvalho-cerquinho ou o carvalho-roble.

Nesta serra existe um importante complexo termal, Caldas de Monchique, rodeado por um parque de vegetação onde existe a maior magnólia da Europa. É ainda de salientar a fertilidade dos seus solos, devido não só à humidade, mas também ao facto da sua rocha, a foíte, ser de origem magmática.

Vários ribeiros e ribeiras têm origem na Serra de Monchique, entre as quais a Ribeira de Seixe, a Ribeira de Aljezur (ou da Cerca), a Ribeira de Odiáxere, a Ribeira de Monchique e a Ribeira de Boina.

Serra da Lapa



A Serra da Lapa é uma serra portuguesa que abrange parte dos concelhos de Sernancelhe e Sátão, do distrito de Viseu. O seu ponto mais alto está situado na freguesia de Quintela, no concelho de Sernancelhe e tem 955 metros de altura. É nesta serra que nasce o Rio Vouga. A serra da Lapa abrange também parte do concelho de Aguiar da Beira do Distrito da Guarda.Nela nascem alem do Vouga, afluentes do Dão, afluentes do Távora e até do Paiva. Razão pela qual se diz que a águas da chuva caídas na serra da Lapa podem desaguar em Coimbra, Aveiro ou Porto.

Serra da Marofa



A Serra da Marofa é uma elevação com 977 metros de altitude máxima, situada na Beira Interior Norte, distrito da Guarda, na zona de Terras de Riba-Côa, no centro de Portugal. Situa-se essencialmente no território do município de Figueira de Castelo Rodrigo.

Pontos de Interesse

A Serra da Marofa é percorrida pelo rio Côa, tendo como principal cidade e concelho a visitar Pinhel, tal como a vila e sede do concelho de mesmo nome, Figueira de Castelo Rodrigo e a aldeia histórica de Castelo Rodrigo.

A zona é caracterizada pela existência de uma grande biodiversidade, de onde se destacam, na fauna, o falcão, a lebre/coelho e a perdiz, e na flora, a amendoeira, a oliveira e o pinheiro.

A nível patrimonial, destacam-se, os Castelos de Pinhel e de Castelo Rodrigo, para além do Pelourinho de Pinhel. Porém, existem dezenas de locais históricos de grande valor patrimonial no concelho de Pinhel e de Figueira de Castelo Rodrigo. Como local obrigatório na visita à Serra da Marofa é o miradouro no alto de um dos pontos da serra, perto de Castelo Rodrigo, onde se localiza uma réplica do Cristo-Rei e onde se obtém uma panorâmica fantástica da zona da Beira Alta e Alto Douro.

Curiosidades

O nome da Serra é disputado entre os que advogam a grafia MAROFA e os que defendem MOROFA (etimologicamente: Mor - maior; ofa - monte). Nos escritos anteriores a 1900, a grafia que encontramos é MOROFA. Algumas pessoas idosas da região dizem com graça que o nome da serra é Morofa e que Marofa é o nome do vinho e do queijo.

Em 1890 publicou-se um jornal em Figueira de Castelo Rodrigo cujo título era "Echos da Morofa". Actualmente publica-se um jornal com o título "Ecos da Marofa".

Há estudos sobre a designação correcta da serra da autoria de Dinis Cabral e de Anísio Soares. A questão acerca da designação correcta da serra surgiu de uma polémica entre um natural da região, Anísio Soares, (defendendo a grafia MOROFA) e um padre que para ali foi viver cerca de 1945 (padre Canário) que defendia a grafia MAROFA.

Por curiosidade: no livro "Pequeno Diccionario Orographico" de Agostinho Rodrigues de Andrade (Coimbra, Imprensa da Universidade, 1878), aparece com o nome "Magrofa".


Entretanto Adriano Vasco Rodrigues, arqueólogo natural da Guarda, acrescentou (vd. Terras da Beira de 5 de Agosto de 1999) a esta questão a seguinte novidade: a toponímia Marofa pode provir do árabe onde significa literalmente « A que indica o caminho».

Serra do Pisco




A Serra do Pisco é uma serra portuguesa com 989 metros de altura, situada no Distrito da Guarda.Com orientação geral Norte-Sul, localiza-se a Oeste de Trancoso e a Sudeste de Aguiar da Beira. O seu ponto mais alto está situado entre o limite Este da freguesia do Carapito, e o limite Oeste da freguesia Santa Maria (Trancoso).

Serra de Mogadouro






sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Serra de Leomil



A Serra de Leomil é uma elevação de Portugal Continental, com 1008 metros de altitude. Tem o seu cume na freguesia de Leomil, concelho de Moimenta da Beira, no Norte do distrito de Viseu. Eleva-se esta interessante e graciosa serra entre os rios Paiva e Távora e pertence ao Maciço Galaico-Duriense. É o local de nascimento de importantes cursos de água como o Rio Varosa e o Rio Paiva.

O nome por qual é chamada é atestado pela memória paroquial de Leomil de 1758:

«A Villa de Leomil fica na Província da Beyra Alta dentro do Bispado e Comarca de Lamego, tem ele o termo e he freguezia sobre si (…) Está situada em hum valle nas fraldas da Serra de Leomil, e nam se descobre della povoaçam alguma (…) Dista esta Villa da Cidade de Lamego capital do Bispado tres legoas de Lixboa Capital do Reyno sincoenta e quatro (…).»

Serra de Santa Bárbara



A Serra de Santa Bárbara localiza-se no concelho de Angra do Heroísmo, no extremo oeste da ilha Terceira, nos Açores. Constitui-se nos restos de um vulcão inactivo - o maior da ilha -, que se eleva a 1 021 metros acima do nível do mar. Por essa razão constitui-se ainda no maior ponto de condensação de nuvens na ilha, formando uma bacia hidrográfica própria que, além de permitir a alimentação do lençol freático, abastece de água a parte oeste da ilha.

Características:

"A Serra de Santa Bárbara abrange toda a zona W da ilha Terceira e compreende um estratovulcão com cerca de 13 km de diâmetro e uma altitude de 1021 m. No topo deste edifício vulcânico destaca-se uma caldeira, com um diâmetro da ordem de 2 km e uma profundidade aproximada de 150 m, no interior da qual se observam alguns domos, (…) espessas escoadas lávicas de natureza traquítica (denominadas por 'coulées') e, mais para oeste, algumas lagoas de pequenas dimensões (Zbyszewski et al., 1971).
Os flancos deste vulcão mostram-se bastante ravinados, com uma rede de cursos de água do tipo centrífuga, implantada principalmente nos flancos N, S e W. Os cones vulcânicos secundários deste estratovulcão estão dispostos radialmente ou sobre acidentes tectónicos de orientação geral NW-SE (Zbyszewski et al., 1971). Entre os primeiros estão o Pico das Faias, o Pico do Teles, o Pico Negro, o Pico das Dez, o Pico Catarina Vieira, o Pico dos Padres, o Pico da Serreta, entre muitos outros; definindo alinhamentos encontram-se, por exemplo, o Pico Negrão, Pico da Lagoinha, o Pico Rachado e o Pico da Lomba (Zbyszewski et ai., 1971)."
No seu cimo inscreve-se uma área de 1.100 hectares, classificada como Reserva Florestal Natural e está inserida na ZEC - Serra Santa Bárbara e Pico Alto PTTER0017 - Rede 

Cabeço Gordo




O Cabeço Gordo é uma elevação localizada na freguesia do Capelo, concelho açoriano da Horta, ilha do Faial, arquipélago dos Açores.

Este acidente geológico, o ponto mais alto da ilha do Faial, encontra-se geograficamente localizado numa das vertentes do vulcão basal da ilha do Faial, fazendo esta elevação assim parte do vulcão e sendo também o seu ponto mais alto e central da ilha do Faial. Aqui abre-se a imensa cratera vulcânicada ilha.

Nas imediações deste Cabeço localiza-se o Alto do Brejo, o Alto do Cabeço, o Canto dos Banquinhos, a Lomba de Baixo, o Alto do Guarda-Sol e o Miradouro do Cabeço Gordo.

Esta formação é igualmente o local de maior altura da ilha elevando-se a 1043 metros de altitude acima do nível do mar apresenta escorrimento pluvial para a costa marítima. Devido à sua altitude é onde se encontram várias antenas de rádio transmissão, tanto de rádio como de televisão.


Pico da Esperança



O Pico da Esperança é uma montanha vulcânica localizada no freguesia do Norte Grande, concelho de Velas, ilha de São Jorge, Arquipélago dos Açores. Esta montanha deve a sua origem a um vulcão localizado na serra que da forma a cordilheira central da ilha de São Jorge e é a maior montanha desta ilha elevando-se até 1053 metros de altitude.

Esta elevação que é a mais alta da ilha permite avistar em dias de céu sem nevoeiro uma paisagem que se estende por centenas de quilómetros em seu redor. Do cimo do cone vulcânico avistam-se muitas das fajãs da ilha bem como a ilha do Faial, a ilha do Pico nas vertentes voltadas ao Sul e a Ilha Terceira e a ilha Graciosa na vertente voltada ao Norte.

Na sua proximidade e ao longo da cordilheira central onde se insere seguem-se todas as outras montanhas cuja altitude é menor destacando-se entre elas o Pico do Montoso, montanha esta que encerra as formações geológicas conhecidas como Grutas do Algar do Montoso.

Devido às características do clima bastante pluvioso de altitude encontra-se profundamente envolvida em grandes maciços de Hortênsia, que nesta ilha são utilizadas para proceder à divisão das propriedades.

As restantes montanhas que dão forma à cordilheira central da ilha de São Jorge, além da aqui referida e do Pico do Montoso, são o Pico do Areeiro, o Pico Pinheiro, o Pico Alto, junto da localidade do Toledo, o povoado habitado mais alto dos Açores, que se localiza a 600 metros, o Pico da Pedreira, o Pico das Brenhas e o Morro Pelado que chega aos 1019 metros de altitude.

Ao longo desta cordilheira encontra-se grande abundância de vegetação endémica típica da Macaronésia, possuidora de um de grande valor botânico e científico ao ponto de ter justificado a criação nesta cordilheira de uma área protegida integrada na Rede de Áreas Protegidas dos Açores através do Parque Natural de São Jorge.

Nesta cordilheira encontram-se muitas das crateras dos vulcões que lhe deram origem actualmente adormecidos nas eras geológicas, existem estranhas lagoas povoadas pela flora e fauna típica destas paragens médio atlânticas macaronésicas.

Toda esta área geográfica corresponde a uma formação recente da ilha em termos geológicos, e são o produto de três grandes erupções vulcânicas espaçadas entre si por milhares de anos que deram origem a grandes superfícies de novas terras de que ainda é possível ver "ligações" tanto nos quebres que interrompem a paisagem a Oriente e a Ocidente como pelos materiais expelidos.